Uma pesquisa do Sebrae mostra que as mães empreendedoras respondem por 55% das novas empresas que são abertas no Brasil por mulheres.
Trajetória difícil
Desde os primórdios humanos, a figura da mulher era naturalizada como estritamente doméstica, se dedicando a criação dos filhos e às tarefas que essa situação lhe impunha. Mas será que essa imagem corresponde à realidade dos fatos?
Estudos apontam o protagonismo da mulher pré-histórica no cuidado com a família e
na divisão do trabalho braçal, que consistia no corte da carne, no deslocamento dos animais mortos para fins alimentares e muitas vezes, coletando alimentos para o sustento de todos e inclusive, fabricando armas.
Como a Pré-História é o período histórico de maior extensão na trajetória de homens e mulheres, os vestígios dessa época aqueceram o debate das diferenças culturais e biológicas entre os gêneros.
Século XIX
Durante muito tempo, as mulheres foram educadas para cumprir o papel de mães e esposas, não sendo sequer instruídas para qualquer atividade que focasse “fora dessa caixa”.
A partir do séc. XIX, com a Revolução Industrial, o trabalho da mulher passou a ser muito utilizado, sendo boa parte transferido para dentro das fábricas, na operação de máquinas.
Durante as I e II Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945), as mulheres passaram a assumir os negócios da família, com a ida dos homens para os campos de batalha.
Deste período em diante, a mulher passa a ser vista sob novos aspectos. Seu perfil muda, tornando-a um ser em construção, na busca de realização e desenvolvimento de suas potencialidades (LESKINEN, 2004).
Obstáculos a serem vencidos
O empreendedorismo é cheio de desafios e para a mãe empreendedora não é diferente. Muitas vezes ela é desestimulada e tem que romper essa relação contraditória entre a maternidade e o desejo de entabular algo novo.
Tentar impedir que mães entrem no cenário empresarial é uma visão antiquada e injusta e as mulheres já provaram sua capacidade de reorganização para se adequarem na busca de uma renda para o seu sustento ou o da família e cuidar de sua prole, simultaneamente.
Maternidade e empreendedorismo podem sim, conviver de forma harmônica.
Mães empreendedoras no Brasil
No Brasil, o mundo dos negócios vem ganhando cada vez mais a adesão de mulheres que vêm realizando o sonho de empreender.
As mães empreendedoras veem nessa aposta, uma excelente alternativa para sua satisfação pessoal no que diz respeito a ter sua própria renda, enquanto passam mais tempo com os filhos, diferentemente dos homens, que colocam a questão financeira em primeiro lugar.
Atualmente, metade dos novos empreendedores no Brasil são mulheres e, segundo informações da Rede Mulher Empreendedora (RME), a cada 100 novas empresas abertas no Brasil, 52 são de mulheres.
7 dicas para se tornar uma mãe empreendedora
- Pense em fazer algo que goste e tenha habilidade
- Busque qualificação e ajuda para criar seu negócio
- Identifique e crie os seus melhores horários de trabalho
- Defina limites entre a demanda doméstica e a profissional
- Planeje as interrupções, pois elas, com certeza, acontecerão
- Tenha uma agenda realista e flexível
- Separe as finanças relacionadas ao negócio das contas da casa
Com uma boa organização pessoal, otimização do tempo e adequação de novas rotinas familiares, a mãe empreendedora certamente, terá uma experiência de sucesso.
Portanto, não é preciso haver sofrimento quando a mulher considera a maternidade essencial para a sua realização pessoal e opta por ser uma mãe empreendedora, mantendo-se em constante movimento e com a consciência de que sua limitação é apenas por ser humana e não por ser mãe. É só acreditar e se jogar nessa nova possibilidade.
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