Os estudos apontam as mulheres como o segmento social mais desfavorecido economicamente, principalmente nos países em desenvolvimento.
O seu papel e a sua contribuição no crescimento da sociedade como um todo, são desconsiderados na história das civilizações, não sendo valorizados por grande parte da população mundial.
Tendo em vista esse cenário tão injusto, os países, em âmbito global, comprometeram-se a perseguir a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, a igualdade de gênero, com o objetivo de formar uma sociedade eqüitativa e reduzir a pobreza.
Emily Hahn, a pioneira na área da mineração
Emily “Mickey” Hahn, (14 de janeiro de 1905 – 18 de fevereiro de 1997) natural de St. Louis, Missouri, EUA, , foi jornalista e autora de 54 livros e mais de 200 artigos e contos. É considerada uma das primeiras feministas e foi a primeira mulher a se formar em Engenharia de Minas no mundo, na década de 1920.
Apaixonada pela escrita e pelo belo, cursava Artes na University of Wisconsin – Madison, quando decidiu mudar seu curso para Engenharia de Minas, depois de ouvir de um professor que “A mente feminina é incapaz de compreender mecânica ou matemática superior ou qualquer um dos fundamentos da mineração ensinados na engenharia”. Enfrentando todos os obstáculos, foi a primeira mulher a formar-se em Engenharia de Minas, em 1926.
Quase um século depois…
Emily Hahn, com seu pioneirismo, deixou um legado que nos impulsionou a buscar um lugar nas empresas que atuam nas áreas de extração, beneficiamento, transporte e exportação do minério, rompendo a barreira da exclusão de gênero imposto historicamente às mulheres.
A ela, a nossa homenagem!
Mulheres Mineradoras no Brasil
A partir da década de 1960, as escolas de Engenharia de Minas e Geologia, vêm formando engenheiras de minas e geólogas em todo o país, porém, muitas vezes o trabalho dessas mulheres não se destaca, pelo fato de muitas serem designadas para o trabalho de planejamento e meio ambiente, não desenvolvendo tarefas para as quais se prepararam, como a produção e o tratamento do minério.
A inclusão da mulher na mineração
As mulheres estão presentes há algum tempo nas minas, inclusive as subterrâneas, responsáveis por tarefas pesadas, em todos os períodos da mineração, enfrentando todos os tipos de preconceitos e dificuldades, como mostra muito bem o filme “Terra Fria” .
Encontramos prestadoras de serviços muitas vezes, quase invisíveis no setor de mineração: enfermeiras, costureiras, cozinheiras, lavadeiras, prostitutas, etc. e não poucas hoje em serviços administrativos em grandes minas.
Temos avançado, mas ainda há muito a se fazer. A valorização da mulher na mineração é um dos desafios proposto na Carta de Compromisso do IBRAM para a promoção da diversidade e inclusão no setor. Segundo dados da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, a participação de mulheres no setor mineral é de apenas 13%, ante 44% dos demais mercados.
Mineração por Elas
A mineradora Vale criou a websérie “Mineração por Elas”, um exemplo de como as empresas do setor estão se movimentando para implementar ações voltadas ao aumento da participação das mulheres no mercado mineral.
O projeto visa demonstrar que na área da mineração, a mulher é muito bem-vinda, seja no campo técnico, operacional ou de gestão, valorizando as empregadas que já atuam na empresa e abrindo caminho para mais mulheres que desejam construir uma carreira na mineração.
Por mais políticas públicas que fomentem a igualdade de gêneros na mineração e nos demais setores de trabalho e que as mulheres se apropriem dos espaços a que têm direito!
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