O Brasil detém 20% da biodiversidade do planeta e 30% das florestas tropicais, apresentando a mais rica fauna e flora do mundo. Atenta a esses dados, a atividade florestal age fortemente para atuar preservando a natureza e as riquezas brasileiras.
A indústria florestal se posiciona não somente como uma das mais importantes do país, mas também como uma atividade engajada com a sustentabilidade e a inovação.
O Brasil tem cerca de 7,84 milhões de hectares de florestas plantadas e um elevado patamar de produtividade. O momento apresenta desafios importantes e oportunidades bastante promissoras. Continue a leitura para conhecer um pouco mais do cenário da atividade florestal:
A importância da atividade florestal para o Brasil
O setor brasileiro de florestas plantadas é considerado um dos mais potentes do mundo. As florestas são destinadas, principalmente, à produção de papel e celulose, painéis de madeira, pisos, carvão vegetal e biomassa, além de diversos outros produtos, como medicamentos, cosméticos e óleos essenciais.
Em 2019, as exportações dos produtos da indústria florestal somaram US$ 9,7 bilhões, sendo US$ 7 bilhões representados pela celulose, US$2 bilhões pelo papel e US$265 milhões pelos painéis de madeira.
Sustentabilidade e Preservação Ambiental
Além da força econômica da atividade florestal, ressalta-se sua forte atuação orientada pela sustentabilidade e pela proteção ambiental. As florestas plantadas são capazes de atenuar efeitos de mudanças climáticas, regulam ciclos hidrológicos, controlam a erosão, melhoram a qualidade do solo e ajudam a conservar a biodiversidade.
A indústria brasileira de árvores é 100% renovável. Num mundo onde as ações para o futuro estão sendo guiadas pelo “Zero Carbon”, o setor consegue atuar formando e mantendo estoques de carbono de árvores plantadas e nativas, conservadas pelas empresas.
Desafios da atividade florestal
Mesmo com um desempenho de excelência, alguns gargalos ainda são enfrentados pela atividade florestal. Os principais apontados pelos especialistas são:
- Capacitação de profissionais habilitados: a mão de obra especializada ainda é escassa. Para contornar a situação, as empresas investem fortemente em centros de treinamento.
- Gargalos logísticos: nesse sentido, os desafios se apresentam em duas frentes. A logística do pátio, que precisa da sincronização entre a demanda pela matéria-prima, sua transferência do campo para o pátio e do pátio para a indústria. A outra frente é em relação ao transporte, que busca a redução do deslocamento das máquinas e da necessidade de estradas.
- Monitoramento de pragas, doenças e outras ocorrências: esse controle ainda é feito, em grande parte, por meio de rondas terrestres. Muitas vezes elas são limitadas por dificuldades de deslocamento e visualização, impedindo detecção e controle em tempo hábil.
Perspectivas: a Silvicultura 4.0
Alinhada à Indústria 4.0, a Silvicultura 4.0 já começa a aparecer no Brasil. Algumas iniciativas já vêm sendo adotadas nas empresas, como equipamentos autônomos e IoT.
Numa resposta até mesmo à falta de profissionais especializados, as empresas vêm usando drones e softwares para melhorar a performance das máquinas e otimizar os processos.
Os fabricantes de máquinas, atentos às necessidades da atividade florestal, vêm apresentando soluções inovadoras. Máquinas automáticas, com direção autônoma e irrigação automatizada já estão disponíveis no mercado.
Ainda há um caminho a se percorrer até atingir a Silvicultura de precisão, a exemplo da Agricultura de precisão. Melhorias já foram implementadas, mas ainda é preciso viabilizar as soluções da tecnologia 4.0 para a atividade florestal.
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