Estamos em dívidas com nossas florestas, devastadas por queimadas e desmatamentos criminosos, que vêm colocando em risco ecossistemas vitais, dos quais a riqueza natural do planeta depende, para enfrentar os transtornos climáticos que já se apresentam.
As florestas são ambientes vivos, lares da maior parte da biodiversidade terrestre mundial. Portanto, sem elas não há vida.
Por que ocorrem com tanta frequência os incêndios florestais?
A propagação do fogo em áreas florestais, ocorre com frequência e intensidade nos períodos de estiagem e podem iniciar-se de forma espontânea ou ser consequência de ações humanas e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental.
Os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando sua propagação e dificultando seu controle.
Segundo o Corpo de Bombeiro Militar, incêndio florestal é o que ocorre também em vegetação das áreas rurais, seja ela agrícola ou nativa.
Em outras palavras, os incêndios florestais, além de queimarem florestas, savanas, cerrado, lavouras, pastos e áreas naturais, podem atingir casas, galpões, armazéns e instalações rurais, como celeiros, galinheiros, viveiros, chiqueiros e currais.
Alguns exemplos de ações do homem que podem iniciar os incêndios florestais: pontas de cigarros jogadas nas beiras de estradas, fogueiras mal apagadas, incêndios intencionais feitos por falta de consciência, por busca de espécies animais, ou para plantio, dentre outros.
O prejuízo é incalculável, gerando impactos sociais e ambientais onde ocorrem.
Legislação brasileira no combate aos incêndios florestais
A Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, possui dois artigos que tratam dos incêndios em matas e florestas nacionais e de atitudes que possam levar ao incêndio.
Capítulo V, dos Crimes Contra o meio ambiente em sua seção II, Dos Crimes Contra a Flora
Artigo 41º – Provocar incêndio em mata ou floresta tem como pena a reclusão de dois a quatros anos e além disso uma multa.
Se o crime for considerado culposo, a pena é reduzida de seis meses a um ano, incluindo a multa.
Artigo 42º – A fabricação, a venda, o transporte e a soltura de balões que podem provocar incêndios tanto em florestas, como em áreas urbanas, tem como pena, a detenção de um a três anos e/ou multa, dependendo das circunstâncias do crime.
Mas, por que os incêndios florestais estão mais intensos?
As mudanças climáticas são um dos principais fatores para o aumento dos incêndios.
Ondas de calor extremo já são cinco vezes mais comuns hoje do que há 150 anos e devem se tornar ainda mais frequentes à medida que o planeta continuar a aquecer.
Temperaturas mais altas ressecam a paisagem e ajudam a criar o ambiente perfeito para incêndios florestais mais extensos e mais frequentes.
Esse cenário, por sua vez, leva a um aumento das emissões originadas pelos incêndios, contribuindo para as mudanças climáticas e para ainda mais queimadas, como parte de um ciclo climático dos incêndios.
Previsão nada animadora!
Especialistas alertam que o número de incêndios florestais aumentará em 50% até 2100.
A informação é do relatório Fogo Sem Controle: As estimativas revelam aumento global de incêndios extremos de 14% até 2030, 30% até o final de 2050 e 50% até o final do século.
Segundo o relatório, mudança climática e mudanças no uso da terra, como por exemplo o corte de floresta para o uso agrícola e de pastagens, serão as causas de incêndios mais frequentes e intensos.
O relatório foi encomendado em apoio ao UNREDD e à Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas.
Fonte: ipe.org.br
O que fazer para evitar um incêndio florestal?
- Construção de aceiros, que devem ser mantidos limpos e sem materiais combustíveis;
- Construção de faixas limpas e sem materiais combustíveis;
- Plantação de cortinas de segurança com vegetação menos inflamável;
- Construção de barragens de água que atuem como obstáculos à propagação do fogo e como reserva de água para o combate ao incêndio;
- Construção de estradas vicinais, no interior de florestas, facilita a fiscalização e favorece o carreamento dos meios de controlar os incêndios;
- Utilização de medidas de vigilância: fixa, por meio de torres de observação; ou móvel, por meio de patrulhamento terrestre ou aéreo. O CPTEC (www.cptec.inpe.br) identifica focos de incêndios por satélite;
- Aviso imediato, em caso de incêndio florestal, ao Corpo de Bombeiros, Defesa Civil ou Polícia;
- Seguir as instruções dos bombeiros ou Defesa Civil.
Atenção: Nunca tente combater um incêndio sozinho!
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