Mineração e carros elétricos: Qual é a relação?

Em 1987, a médica e ex-Primeira Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, através do Relatório Brudtland, definiu, a nível mundial, o Desenvolvimento Sustentável:

O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.”

Na mesma ocasião, foi trazido à tona, a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo.

Em 2002, durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo, na África do Sul, afirmou-se que o desenvolvimento sustentável possui 3 pilares interdependentes e mutuamente sustentáveis: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental.

Desde então, o conceito vem sendo ajustado, levando em conta questões críticas, como pobreza, desperdício, degradação ambiental, saúde, violência aos direitos humanos, dentre outras.

Todos os setores têm trabalhado incansavelmente, procurando viabilizar novas tecnologias com viés sustentáveis.

A mineração não fica de fora nessa corrida, e protagoniza importantes avanços, contribuindo, inclusive, para que os carros elétricos sejam uma realidade acessível para milhares de pessoas em todo o mundo.

 

A mineração e o mercado de carros elétricos

No Brasil e no mundo, a busca por veículos de energia limpa já é uma grande realidade.

Dessa forma, os carros elétricos podem ser a solução para a descarbonização e preservação do meio ambiente, caindo cada vez mais, no gosto do consumidor.

E é aí que a mineração entra. Com a evolução das tecnologias utilizadas na indústria automobilística para a produção de carros elétricos, a mineração se torna uma grande aliada, fornecendo os metais que viabilizam o projeto.

“Minérios e metais como o nióbio, cobalto, níquel, manganês, alumínio, ferro, fósforo, lítio, carbono e elementos terras-raras são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias capazes de transformar a indústria dos carros elétricos. E o setor mineral investe cada vez mais em pesquisas, novas tecnologias e inovações que constituem para o crescimento de projetos de energia limpa”, afirma o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Flávio Ottoni Penido. 

 

O Brasil e a exploração de lítio

O Brasil tem a terceira maior reserva de lítio do mundo, sendo que as reservas lavráveis do mineral no país podem superar 1 milhão de toneladas.

O mineral foi mapeados em Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Tocantins e Goiás, sendo o país, o quinto maior produtor dessas substâncias em todo o planeta.

Assim, nos apresentamos com enorme potencial de grande exportador desse minério nos próximos anos.

 

Mas, será que estamos prontos para isso?

O mercado de carros elétricos já é uma realidade no Brasil e no mundo, prevendo-se chegar a 343 milhões de veículos circulando no mundo em 2040, o que ainda é menos da metade da frota atual.

Luís Azevedo, Presidente da ABPM, defende que “o Brasil intensifique os investimentos em pesquisa mineral desses metais, além do combate ao sentimento de que a mineração é uma atividade degradadora, através da implementação da sustentabilidade, gerando impacto positivo real para a comunidade local e sociedade em geral, além de buscarmos fortemente implantar um ambiente regulatório estável e favorável para atrair grandes players”.

Assim, a mineração vai confirmando seu importante papel para a formação de um futuro sustentável, tornando-se o Brasil, um dos encabeçadores da lista de importadores de veículos elétricos e baterias.

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